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Acordei com a cabeça apoiada no seu ombro esquerdo, percebi que meus cabelos cobriam a sua clavícula. Já te disse o quanto eu gosto de clavículas? Poderia ficar a manhã toda daquele jeito, paralisada, mas eu tive que ir embora cedo. Arranquei forças pra levantar da cama, encarei o relógio que parecia me encarar também. Olhei o Sol pelas frestas da persiana com receio de que algum raio pudesse te acordar. Eu achava que todas as pessoas pareciam somente calmas enquanto dormiam, não digo que você não parecia também, mas ainda assim mantinha um ar de sarcasmo. Hoje eu percebi o quão apaixonante esse sarcasmo é por ferir a minha insensibilidade. Naquele momento eu poderia jurar que você estava de alguma forma me testando, analisando todos os meus movimentos para depois questioná-los. Você é tão onipresente em minha vida que é difícil descartar essa hipótese. Queria muito poder ficar mais um pouco só para repetirmos a mesma cena das manhãs atemporais… Seu olhar amargo a me ver tomando café sem açúcar e o meu de náusea ao te ver derrubando o açucareiro dentro da xícara. Sinto falta de nos vermos discutindo para ver quem vai ler a seção cultural do jornal antes. Sabia que eu nem faço tanta questão assim? Prefiro a parte de notícias internacionais. De qualquer forma, deixei o jornal intocado perto da porta. Você está dormindo e eu ainda não consegui me despedir. Será que se eu ficar me despedindo eternamente você acordará um dia?

Carolina Alvim – carolinalvim1039@hotmail.com

Blog –  http://carolinalvim.blogspot.com/

Ele escreve o destino dos mortos e critica a beleza das paisagens noturnas.

Não foi ele quem fez o destino, ele apenas o escreveu; sua crítica é algo passional à sua forma de viver, na verdade, vive pela crítica, em função dela. Encara o mundo com olhos de cobra, porque quem pisca perde um segundo de tempo, que é mais do que o necessário para poder enxergar o que muitos não conseguem ver. Um segundo dura muito pouco para aqueles que não sabem viver, mas dura o quanto for necessário para que muitos possam enxergar a vida passar diante de seus olhos.

A dura e fria realidade de um submundo injusto é algo a ser discutido, o Autor do Submundo precisa estar em todos os lugares ao mesmo tempo para poder varrer as ideologias tolas de pessoas com a cabeça tão vazia como um pedaço de madeira. Pessoas que neste contexto em que o mundo está atualmente não mais sabem raciocinar, não sabem questionar, nem se quer sabem ouvir direito o que muitos querem lhe explicar; parecem mais máquinas sem sentimento, robores programados para viver uma vida normal, drástica – no caso do submundo – e em função de donos, que mandarão nessas pessoas como se elas fossem propriedades suas.

Não é preciso acreditar em um ser superior para poder ser uma pessoa melhor, que ajuda a outra, que se sacrifica para poder ser compreendida, para poder passar seus sentimentos e conhecimentos; não é preciso crêr, basta querer fazer deste mundo algo mais confortável e confiante de se viver.

O Autor do Submundo às vezes não dorme de preocupado com a vida, não sabe o que é preciso ser feito para mudar a mente de quem não sabe amar, não gosta de ver pessoas maltratando o planeta, não consegue compreender o que se passa na cabeça de um sujeito que diz que Deus lhe dará o que precisa e que não vai se preocupar com nada.

Não foi ele quem fez o Submundo, ele apenas vive nesse contexto.

Rafael Fernandes – rfsmiojo8@hotmail.com
Blog “O Autor Do Submundo” – http://oautordosubmundo.blogspot.com/2008/12/o-autor-do-submundo_7917.html

Eu, Giovanna F, finte anos, vi drogas e prostituição.. no ENEL.

(tá bom, vai. não assim desse jeito que vocês estão pensando)

Quando cheguei ao pântano – ainda denominado Prédio do Direito – não tive a impressão de estar chegando nem em um nem em outro, nem em Niterói, e sim na Bahia. Não estou brincando, havia dez (DEZ) ônibus estacionados na UFF que carregavam, cada um deles, pelo menos 60 baianos.

E aposto que 50% estavam no Prédio do Direito.

Na verdade, recordo-me agora de porque tive essa impressão. Foi porque quando cheguei no ginásio, deparei-me com umas 10 barraquinhas montadas e uma enorme faixa escrito “Bem vindo à Bahia”. Hmm, muito sugestivo.

Mas não deu pra ficar dando muito papo paras os baianos aquela hora. O ônibus número 2 estava cansado, querendo dormir.

Ah, não estávamos cansados pela viagem. Para veteranos de guerra como nós, a viagem foi tranquila.

Difícil foi ficar parado na serra durante 5 horas parecendo piranha em beira de estrada. Aí foi tenso. Foi uó /belão.

Mas quando chegamos foi tudo ótimo! Fomos recebidos com o maior carinho e hospitalidade e removidos imediatamente para a suíte presidencial da UFF, com papéis higiênicos que cheiravam a flores do campo. NOT.

Não vou dizer que fomos mal recebidos, afinal eles tiveram a boa vontade de nos cadastrar às duas horas da manhã. Mas não havia mais lugares para nós e nosso ego na UFF, então fomos realojados para o Direito.

Hoje em dia enxergo isso como uma coisa boa. Na época foi meio estranho, tínhamos que andar muito mais que todo mundo para chegar às festas (um caminho razoavelmente perigoso – oi, Rio de Janeiro) e ficamos isolados e NÃO TÍNHAMOS CAFÉ DA MANHÃ. Todos os dias comprávamos uns pão e uns queijo /camila e fazíamos nosso próprio café. Isso quase me lembra a infância difícil que eu passei em Itaperoá, quando acordava cedo para tomar café e cortar cana.

Mas por outro lado, como estávamos completamente sozinhos lá – os baianos não contam, eles escarravam no chão do banheiro, eca – fortalecemos nossos lindos laços de amizade (alguns mais do que outros. Reflitam). Promovíamos nossas próprias atividades culturais como Guerra de Toalha e Suje Você Também a Cama da Alvim. E fofocávamos sempre, sobre tudo e todos, claro. Fofocar é como uma terapia. Apesar de estarmos longe da UFF, sempre mantínhamos alguém num posto de observação por lá, para trazer novidades de cunho altamente intelectual.

Foi assim que ficamos sabendo da Menina Que Cagou no Pau. (From Maranhão –dicona).

Também tivemos a sorte de ver uma gravação de um filme com celebridades tipo b, passeávamos pelas praias e andamos muito pelo Rio de Janeiro. Turistamente falando, foi muito proveitoso.  It was wond – para quem não sabe inglês, “foi mara”.

Academicamente falando, acho que já não tanto. Quer dizer, se alguém que estava n’O Pântano estiver lendo esse texto e tiver alguma informação para dar sobre como foram as palestras, favor deixar na caixinha de comentários logo abaixo, obrigada. Porque a menos que festa conte como atividade cultural, realmente não posso dizer que nos esforçamos. Mas estávamos sempre no bate-cabelo, marcando presença, beijos Brasil!

Ao que me consta, o próximo ENEL será em João Pessoa. Acho que o pessoal da organização ficou meio chateado com a chuva que sijogou sobre Niterói durante aquela semana e quer ter certeza de que da próxima vez vai fazer sol.

Algumas pessoas acharam estranho a Bahia não ter sido escolhida. Mas, gente, tinha tanto, mas tanto baiano lá, que eu praticamente me senti no carnaval de Salvador – voltemos à faixa de “Bem Vindo à Bahia” do primeiro parágrafo.

Mas ano que vem estaremos no nordeste! Realmente adorei estar nesse ENEL. Até faria Letras, se já não fizesse… Peraí, eu faço Letras.

Não que isso seja barreira para que outros cursos participem do ENEL. E juro que não estou me referindo apenas ao Galluf, gente. Tô sabendo de uma galera da engenharia que não trabalha mais com isso, estavam se jogando na pixxta /carioca. Tudo, mas tuuudo viado enrustido. Pronto, falei.

Faço votos de que o próximo ENEL seja AINDA mais divertido! Porque desse.. nada mais me lembro /Leila Lopes.

(Baseado em fatos surreais)

Giovanna Gomes – giovanna.letrasunb@yahoo.com.br

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